A criança de 6 anos que mama, chupa bico e ainda é levada no colo, além de nunca sujar a roupa por que em casa passa a tarde com a avó vendo tv, após ficar 20 dias afastada por conta da catapora, volta de mão com a mãe gestante (um irmão, um bebê de verdade!) chora para ficar na aula, chora para deixar a mãe, só fica se for sentadinha com um adulto ao lado dizendo agora pode, agora não pode, pinta de verde, pinta de roxo. E a professora ainda é indagada do que aconteceu com ela e com a criança, ora, só pode ser ela a culpada. Pode? Cara, o dedo seeempre aponta pro professor pra dizer que ele não foi superhomem/mulher o suficiente. E os olhos que tudo veem? E os braços que tudo alcançam? Bah, deu deste discurso, tchê! Detesto aqueles vídeos motivacionais de fim de formação ou curso que tentam nos fazer acreditar que temos que dar conta de tudo e que todo e qualquer problema social começa conosco.
É muito bonito ver meus pequenos apalpando a barriguinha pra sentir se precisam ir no banheiro (não tem que pedir, tem que ter vontade e não interrompe a aula), e para tomar água ou peidar podem ir ao corredor também (sei que é para arejar a cuca, ora, e isso é bom), ou dando a pausa no lanche pra sentir se precisam meeesmo comer mais ou a barriga já virando balão.
O ensinamento da autonomia e segurança passa pela liberdade nas pequenas escolas e em vivenciar as consequências destas depois. Claro que para isso ocorrer de forma saudável, é necessário que os adultos sejam atentos na orientação correta. Não dá pra listar como uma bula de remédio o que é correto e saudável, mas vale considerar o não quando é preciso e oferecer opções adequadas a idade e a felicidade da criança.
