Sem cola ou costura, de nó em nó, as bonecas foram tomando forma! Uma ajudinha da professora no corte certo do vestido, o passo a passo: cabelinho, dobra, nó, ajeita, veste!
Os retalhos estampados e coloridos encantaram minhas crianças, que, pacientemente, escolheram as combinações de vestido ou bata e cinto.
Os brinquedos confeccionados são únicos e proporcionam diversão e fantasia genuínos! A cada dedinho, uma forma e tamanho de nó; a cada tesourada, cabelos e membros mais longos, curtinhos, magrinhas, rechonchudinhas!
A atividade criadora, além da fantasia, estreita os laços afetivos que levam ao cuidado com o que cada um fez nascer, bem diferente da relação com brinquedos padrão distribuídos pelo comercio. Se alguém souber, tente me explicar onde está a graça nas bonecas da vez, as tais monser high? Tá tudo dado: forma, função, poderes! Só resta a criança reproduzir passivamente, enquanto a fantasia dorme e os marqueteiros enjambram as próximas vendas. E não queiram esperar que estas crianças cresçam e interpretem as provas do Enem!!
Contei da origem das bonecas e, embora tenha coletado em lojas de tecido e costureiras, me sinto "rasgando a barra de minhas saias" cada vez que planejo algum trabalho que exija material extra, ainda mais vestindo a saia curta que o Estado oferece aos professores e professoras, hora dessas fico de bunda de fora e não poderei trabalhar...
Amanhã daremos nomes as bonecas, "é hoje que a gente leva pra casa??"
(Abayomi quer dizer encontro precioso: abay=encontro e omi=precioso)
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